terça-feira, 24 de maio de 2011

Sequência de um grande amor.

Quando chegaste, vieste de mansinho não oferecendo nada além da tua conversa, o teu sorriso perseguiu-me, fui começando a ansiar o teu olhar, foste-me pintando o mundo de outra cor e colocando-me aos pés um mundo bom, foste o meu acreditar.



Foste-me roubando à solidão, foste-me embalando na tua coragem, foste-me dando tudo aquilo em que tinha desistido de acreditar, foste-me pedindo porque sabias que eu queria dar, foste o meu despertar.


Pediste-me para ver cinema, e não adiar o coração, mas a vida tinha-me ensinado televisão, pediste-me para cantar, e não recusar o que sentia, mas a vida tinha-me ensinado retórica, pediste-me para partilhar um palco, e não esconder a ternura, mas a vida tinha-me ensinado a fugir, foste o meu desafiar.


Porque tu eras a determinação e eu não, porque tu não calavas e eu não, porque tu lutavas e eu não, porque tu me davas força eu não, porque tu querias ser feliz e eu não, foste o meu admirar.


Há amores que nascem assim, que surgem num rasgo, que começam num fim para serem sempre um começo, que são o último porque deviam ter sido o primeiro, há amores assim que nascem perto de um jardim para nunca mais terem fim.


Este é o nosso.