quinta-feira, 30 de junho de 2011

Keep fighting

and this too!

Love this song!

Música do dia

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Música do dia

Imagem do dia

terça-feira, 28 de junho de 2011

Música do dia

4 Dias 3 Imagens

Poema do Dia - Se duvidas, António Botto

Se duvidas que teu corpo
Possa estremecer comigo –
E sentir
O mesmo amplexo carnal,
– desnuda-o inteiramente,
Deixa-o cair nos meus braços,
E não me fales,
Não digas seja o que for,
Porque o silêncio das almas
Dá mais liberdade
às coisas do amor.

Se o que vês no meu olhar
Ainda é pouco
Para te dar a certeza
Deste desejo sentido,
Pede-me a vida,
Leva-me tudo que eu tenha –
Se tanto for necessário
Para ser compreendido.

domingo, 26 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Doing whatever it takes.


Michael: I'm in love with your daughter Stephen, Maybe that doesn't mean anything you but I'm standing here. You are her father, I am looking you in the eyes and I'm telling you I will do anything in the world to get your daughter back.
Stephen: Really?
Michael: Really.
Stephen: Anything?
Michael: I'll do anything.
Stephen: People say that, they don't mean it.
Michael: But I mean it!
Stephen: Well it's very simple... do whatever it takes.
Michael: It's that simple?
Stephen: Yes... you can't fail if you don't give up.

I miss you

Imagem do dia

Música do dia - I'm sorry

segunda-feira, 20 de junho de 2011

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A ti.

Choose Love

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quote do dia

"São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.", Albus Dumbledore

The curious case of Benjamin Button

"...What I think is, it's never too late... or, in my case, too early, to be whoever you want to be... there's no time limit, start anytime you want... change or stay the same... there aren't any rules... we can make the best or worst of it... I hope you make the best... I hope you see things that startle you. Feel things you never felt before. I hope you meet people who have a differente point of view. I hope you challenge yourself. I hope you stumble, and pick yourself up. I hope you live the life you wanted to... and if you haven't, I hope you start all over again."

Au revoir simone - Shadows

"anyone can answer their own questions
all you have to do is look inside [inside inside]
you know it inside
you know it will be alright [alright alright]
you know its alright"

5 :)

Mas allá

"Quiero hundir mas hondo mi raiz en ti
y cimentar en solidez este mi afecto.
Pues mi corazón que es inquieto y es frágil
solo acierta si se abraza a tu proyecto."




Imagem do dia

terça-feira, 14 de junho de 2011

Friends...

Save me...

Pick me, choose me, love me...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A criança que fui...

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,

Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.

Chove, José Gomes Ferreira

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...
Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

Voltar

Ele continuava em mim, mas voltou. Voltou quando tu sorriste junto ao rio. Voltou no teu olhar terno e preocupado numa praça velha. Voltou nos teus gestos de cumplicidade. Voltou todas as vezes que me deste mão, daquela maneira que só tu sabes dar, suave e forte. Voltou de mansinho sem grandes entradas em cena. Voltou abraçando-me entre lençóis. Voltou em todas as ruas cujo chão fomos pisando. Voltou na partilha de segredos e mágoas, em passagens secretas para igrejas antigas. Voltou debaixo de um plátano ilustre e devidamente catalogado. Voltou. O nosso amor voltou para ficar.

Fui eu quem o abraçou. Que o nosso amor é clandestino.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Coimbra

terça-feira, 7 de junho de 2011

Obrigado, baby!

Obigado, Carolina. Obrigado, mana.

In treatment

Gina: Easier to see patterns when they're not ours.
Paul: Or we see them but we can't avoid them. That's worse.
Gina: The way you took critique, it made you furious. You know, it was one professional assessment. And you took it personally. So personally, I had to wonder if it wasn't an echo of an earlier rejection.
Paul: Please, Gina. Not this again. I know exactly where you're going with this.
Gina: A son who feels he's disappointed his father. A son who feels he hasn't lived up to his father's expectations. It's something you would want to address.
Paul: Please don't minimize what you said to me. I wasn't reacting to something in my past in relation to my father.
Gina: One review drove you out of the institute.
Paul: That letter pissed on eight years of my work. Despite it, though, I did become an excellent therapist. Some people might say that... I became a better therapist than you.

Encontro

Hoje encontrei-me no espelho. A barba a esconder-me a cara magra, os olhos sem expressão, o medo a paralisar-me as feições, os lábios cerrados com uma força desproporcionada. Ainda sim reconheci-me.

Addiction

“Seja numa bica, num chá, ou numa bebida gelas, mesmo nas mais distanciadas do conceito original como a Coca Cola, a cafeína move-se com facilidade a partir do estômago e dos intestinos para o fluxo sanguíneo e daí a pouco já se instalou em praticamente todas as células do organismo. É por isso que este alcalóide psicoactivo é tão perfeito. Recordemos a história de um emigrantezinho russo, de seu nome Trotsky que durante a primeira Guerra Mundial tinha o hábito de ir jogar xadrez todas as noites para o Café Central de Viena onde apreciava lentamente o sabor de vários cafés. Era um refugiado russo típico, que falava demais mas parecia absolutamente inofensivo, até certo ponto uma figura patética aos olhos dos vienenses. Um dia em 1917 um oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Áustria entrou a correr no gabinete do ministro arfante e excitado, e disse ao seu Chefe: “Excelência, excelência… a Revolução rebentou na Rússia!! O Ministro menos excitado e menos crédulo que o seu subordinado, rejeitou esta pretensão tão disparatada e respondeu calmamente: “Vá-se embora a Rússia não é um sítio onde rebentem revoluções. Aliás, por amor de Deus, quem seria capaz de fazer uma Revolução na Rússia? O Trotsky do Café Central?” Disse ironicamente.”
Há coisas que nem os ministros sabem. Por exemplo que derem cafeína suficiente a um homem, ele é capaz de tudo.”
Clara Pinto Correia, A Arma dos Juízes

Pessoas Felizes

Coimbra, 2005
Á Betinha porque sabe, quer e é feliz!



A maioria das pessoas que nós vamos conhecendo ao longo da vida está ou não feliz dependendo do momento que está atravessar. Contudo há uma categoria de pessoas que não conjugam a felicidade com o verbo estar, mas sim com o verbo ser. São as pessoas felizes, permanentemente felizes, horrivelmente felizes, incomodamente felizes.
Imaginem encontrar alguém a quem perguntamos – Então como estás? – e obtemos como resposta – Feliz!!! – chega a ser arrepiante. A primeira coisa que nos passa pela cabeça é depois de ouvir tal insensatez é: - Coitadinha anda a tomar prozac! – É-nos inconcebível que alguém seja realmente feliz neste mundo. Alguém que diz sou feliz deveria ser internada e obrigada a ver telejornais da TVI de seis em seis horas durante meio ano.
Não há em Portugal lugar para pessoas felizes sofrendo estas das mais graves descriminações. As pessoas felizes não têm amigos porque toda gente triste e deprimida se sente ameaçada pois a felicidade é encarada como uma doença infecto-contagiosa, os portugueses gostam e querem ser tristes, têm breves momentos de intensa alegria para logo se afundarem na fortaleza do seu sofrimento, veja-se o Euro. É do conhecimento geral que o Estado teve que pagar à Grécia para Portugal perder, os portugueses já não aguentavam tamanha felicidade, era algo que nós sentíamos como uma morte lenta e dolorosa, um atentado ao seu precioso espírito triste, tantas vezes entendido como realismo, como fazer cócegas até à mais severa exaustão a quem não gosta de se rir. Outro paradigma do nosso deprimido status quo foi a Expo98 deprimimos tanto quando soubemos do orçamento do evento quanto nos divertimos euforicamente e orgulhámos e fizemos questão de dizer ao mundo que somos Portugueses aquando da realização do mesmo, depois voltámos a deprimir rigorosamente quando soubemos da dívida que a Expo nos tinha deixado como legado e esquecemos rapidamente o orgulho e a festa. Nesta altura voltámos ficar para além de tristes, esquizofrénicos.
Outra forma de descriminar as pessoas felizes consiste na sua erradicação do mercado de trabalho. Ninguém contrata directores de financeiros felizes, é um paradoxo, ninguém vai a um psicólogo sorridente, quem quer ser operado por um cirurgião que solta altas e largas gargalhadas, um político bem disposto significa um político saneado, veja-se o caso Celeste Cardona. Celeste Cardona, antiga Ministra da Justiça do Governo de Durão Barroso, embaraçava um parlamento inteiro com o seu largo sorriso e sonora gargalhada, embaraçava e constrangia tanto os seus sisudos e deprimidos pares que passados meses de ter tomado posse lhe surgiram dois aneurismas, obra da nossa eficiente polícia secreta como é evidente. Assim risos, sorrisos, boa disposição e felicidade de alguém no mercado de trabalho significa que é parva ou incompetente, na maioria dos casos significa as duas coisas.
Portugal nasceu triste e deprimido com um filho violento a bater numa mãe devassa e assim quer continuar utilizando para isso todos os mecanismos de segregação às pessoas que são felizes.
Eu apelava aqui a que todas as pessoas felizes se unissem e formassem uma Resistência, a RDF, Resistência à Depressão pela Felicidade pondo em depois em prática o PRFC, processo revolucionário da felicidade em curso para assim dar origem à Revolução do Optmismo.

Excerto de um diário de um adolescente - 98/99

6-12-1998
Hoje foi um dia um interessante. Fui com a Marta e com a Rita ao cinema. Fomos ver um filme português chamado “Pesadelo cor-de-rosa”. A mensagem que tirei do filme foi para nunca desesperarmos, o amor surge em qualquer momento da vida, quando menos esperamos. Uma frase engraçada que memorizei foi: “Tudo o que começa bem acaba mal e tudo o que começa mal acaba ainda pior.”
Bruno Amaral
7-12-1998
Fui a Gouveia com a Mimi, a Fifi, o Duarte (namorado da Fifi), e o Rui. Encontrei-me com a Maria João, a Lúcia e a Eva. Pareceu-me que a Eva estava interessada em mim. No regresso aconteceu-me uma coisa muito estranha, pareceu-me que o Rui se estava a atirar a mim. Será gay?? Julgo que já não amo a M. como amava. Ou amo? Bem, vou ler o Mundo de Sofia e dormir.
Bruno Amaral
10-12-1998
Não sei se ainda amo a M. Pelo menos não tanto como amava. Hoje tive uma conversa com ela sobre a ida dela para a universidade. Foi um bocado triste. Valerá a pena investir na nossa relação? Adorava amar a M. como já amei. Bem posso dizer que estive bastante apaixonado por ela. Recebi o teste de Português e tive 17 valores e no de Geografia 15,3.
Bruno Amaral
22-12-1998
Faltam apenas três dias para o Natal, a época mais bonita do ano. Há algo que me preocupa. A M. vai à passagem de ano em casa do Néné, mas a seguir querem ir para uma discoteca. Não sei se quero ir, não me sinto à vontade. Vou pedir a Deus para que ninguém vá e passarmos todos juntos uma boa noite lá em casa.
1-01-1999
A noite da passagem de ano foi espectacular. Adorei ao máximo. Eu amo a M. e estou cada vez mais convicto disso. No entanto agora tenho um medo terrível de a perder. Só peço a Deus que isso não aconteça. Só de me lembrar que ela vai para a Universidade….
Bruno Amaral
2-01-1999
Hoje fui ao cinema com a M. Estava a morrer de saudades dela. Ai meu Deus como eu amo aquela rapariga, mais que tudo, neste mundo. É a minha primeira e última grande paixão. O filme foi Cinderela Ever – After.
Bruno Amaral
3-01-1999
Estou super desconfiado que a M. me traiu. Ficam neste caderno estas palavras para que se eu um descobrir quer era verdade, saber que tinha razão. Logo agora que a estou a amar como nunca amei. Ai a minha vida…
Bruno Amaral
28-02-1999
Olá! Hoje é um dia triste, é domingo, já fumei dois cigarros ao som de Santos e Pecadores. Sinto-me mal. Apenas penso na ida da M. para a universidade. Será que a vou perder? Não! Outra vez não! Eu amo aquela miúda, como nunca amei nada na minha vida.
Bruno Amaral

13-03-1999
Hoje foi um dia altamente. A Catarina lançou um livro. Pensando. É o título do livro e tem poemas de uma grande sensibilidade. Foi no Jardim das Magnólias. Diverti-me muito.
Bruno Amaral

19-03-1999
Hoje fiz verdadeiramente amor com a minha namorada. Foi muito bom. Estou sem palavras. Apetece-me correr por um campo de feno. Mas de repente fiquei com uma tristeza enorme. Senti que a estava a perder. Eu amo-a.
Bruno Amaral

20-03-1999
Não sei porquê, cada vez tenho mais a certeza que a M. me traiu. Será?
Bruno Amaral
26-03-1999
Hoje tive uma discussão horrível com a M. No entanto cada vez mais aquela miúda. Ai como eu a amo. Fomos à ONU, estava fixe e nós acabámos por ficar bem, mas ainda me sinto um bocado nostálgico.
Bruno Amaral
22-04-1999
Hoje sinto-me um bocado confuso. Há dias conheci a F. uma miúda fisicamente muito gira, o pior é que parece que ela está interessada em mim. Eu sei que amo a M. e agora estamos melhor nunca. O melhor é fugir da tentação.
Bruno Amaral
16-05-1999
1997-1999 – AQUI JAZ O MEU NAMORO COM A M. QUERO MORRER!
Bruno Amaral
01-08-1999
Cheguei a casa às 4h:20 da manhã. O meu pai disse-me que no resto da minha vida nunca mais sairia de casa à noite. A minha mãe anda à minha procura na Vila. Não sei como é que isto vai terminar. Mas se sobreviver ainda hoje escrevo alguma coisa. Só quero que Deus me ajude e guarde, estou a sentir-me um autêntico merdas. Os meus pais não depositam confiança nenhuma em mim. Tenho 17 anos e por chegar a casa às 4:20 já fazem logo uma bela de uma tempestade. Deus ajudai-me e protegei-me. Estou ficar com medo, a minha mãe nunca mais chega. Que merda. Acho que já chegou. Deus ajudai-me por favor agora, mais que nunca.
16-08-1999
Nº WC Figueira da Foz
09319881269

La mamma morta - Theme song.

Notas soltas...



Coimbra 2005




Há dias em que todo eu sou um grito mudo de desespero, o tormento de nada ser de em nada me tornar. Os meus olhos baços pedem por ajuda, a minha alma quer fugir, não quer compactuar com os meus caprichos, com esta vontade corporal de ser incerto, não a censuro, apenas lhe pedia que me deixasse ir com ela. Vivem em mim dois seres.

Actos 4,5

"E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão.

Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande estima.

E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais.

De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles.

E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos; os quais eram todos curados" in Novo Testamento

Rabiscos...

Hoje encontrei um papel cá em casa, pareceu-me a tua letra, e dizia o seguinte:

Coisas onde gostavas de investir:

- Lisboa/Coimbra?

- Gestão cultural?

- Política?

- Encenação???

- Edição?

Carta de despedida - Coimbra 2006

Coimbra 2006

Aqui olhando o mundo que corre lá fora és tu a matéria que ilumina os meus olhos. Nesta Coimbra que já se me torna fugaz e da qual só voltarei a encontrar encanto quando olhar em redor e o vazio se apoderar de mim.


Aqui fui construindo bocados de mim, aprendi a sorrir, como aprendi a literatura, a chorar, a investigar e a politizar. Aprendi o valor de uma comunidade, onde não pertenci, foi um outro que pertenceu, agora que parto sinto que ninguém me conheceu. O menino inseguro e frágil continuou todo este tempo escondido, deu lugar ao homem, homem esse que não sou eu.

Aprendi as minhas contradições à custa de alguns dedos apontados, e aprendi a fugir delas, a escondê-las, a ignorá-las, fingindo que não existiam. Eu não quero vê-las.


Não sei se vou ter saudades de ti Coimbra. Sou do tipo de te realizar um funeral digno, fazer o meu luto e seguir em frente, mas esse é o homem. E o menino?


Recordações? Sim, muitas. Um Mondego cheio delas.


Hei-de levar comigo essas manhãs frias de Janeiro, o barulho dos pombos na baixa, as ruas escuras e estreitas, as velhas vizinhas e todas as suas rugas, as flores nas cantareiras e todas as capas negras.


Hei-de levar comigo as árvores despidas da Sá da Bandeira e o beco que me levou tantas vezes ao Diligência, à sangria, os poemas e às cantigas, as monumentais e quem comigo por lá passou.
E se não se importarem vou levar também o cinema Avenida e as minhas lágrimas lá caídas, vou levar o Moelas, os donos podem ficar com eles. Vou levar a Faculdade de Letras e a minha aspiração a ser filósofo.


Os amigos? Não vou precisar de os trazer. Estarão sempre ao meu lado na encruzilhada que há-de ser sempre a minha vida.


Vou levar só mais uma coisa. Vou levar o olhar com que da primeira vez disse: Amo-te!

Now all your love is wasted? Then who the hell was I?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Regret

O Gato!

“(…) Tiveste durante uns tempos um gato extraordinário: grande, branco de uma arrogância e charme imperial. Quando algum ser humano se aproximava – incluindo tu – o gato erguia o rabo, virava as costas e afastava-se com passo lento e determinado. Não permitia qualquer tipo de mimo, sempre esquivo, assanhava-se se alguém lhe pretendia passar a mão pelo pêlo. Da mesma forma se recusava a dormir na cozinha – dormia ao teu lado numa almofada posta por ele próprio, mas ai de ti se ousasses fazer-lhe uma festa. Simpatizava com a personalidade solitaria desse gato, se o bicho fosse homem haveria de amar com tanta força como a que fugia desse sentimento(…)” in, Fazes-me Falta, Inês Pedrosa

Prediction..

http://vielasdeneon.blogspot.com/2009/02/principe-real.html

Feeling

domingo, 5 de junho de 2011

I need you

April Burns: Once, there was this day... this one day when... everyone realized they needed each other. in April in pieces

Passos em volta...

back to poetry - Na noite terrível

Na noite terrível, substância natural de todas as noites,
Na noite de insônia, substância natural de todas as minhas noites,
Relembro, velando em modorra incômoda,
Relembro o que fiz e o que podia ter feito na vida.
Relembro, e uma angústia
Espalha-se por mim todo como um frio do corpo ou um medo.
O irreparável do meu passado — esse é que é o cadáver!
Todos os outros cadáveres pode ser que sejam ilusão.
Todos os mortos pode ser que sejam vivos noutra parte.
Todos os meus próprios momentos passados pode ser que existam algures,
Na ilusão do espaço e do tempo,
Na falsidade do decorrer.

Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;
O que só agora vejo que deveria ter feito,
O que só agora claramente vejo que deveria ter sido —
Isso é que é morto para além de todos os Deuses,
Isso — e foi afinal o melhor de mim — é que nem os Deuses fazem viver ...

Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;
Se em certo momento
Tivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim;
Se em certa conversa
Tivesse tido as frases que só agora, no meio-sono, elaboro —
Se tudo isso tivesse sido assim,
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensivelmente levado a ser outro também.

Mas não virei para o lado irreparavelmente perdido,
Não virei nem pensei em virar, e só agora o percebo;
Mas não disse não ou não disse sim, e só agora vejo o que não disse;
Mas as frases que faltou dizer nesse momento surgem-me todas,
Claras, inevitáveis, naturais,
A conversa fechada concludentemente,
A matéria toda resolvida...
Mas só agora o que nunca foi, nem será para trás, me dói.

O que falhei deveras não tem sperança nenhuma
Em sistema metafísico nenhum.
Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei,
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar?
Esses sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.
Enterro-o no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos,

Nesta noite em que não durmo, e o sossego me cerca
Como uma verdade de que não partilho,
E lá fora o luar, como a esperança que não tenho, é invisível p'ra mim.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

back to poetry - Soneto de Mal Amar

Invento-te recordo-te distorço
a tua imagem mal e bem amada
sou apenas a forja em que me forço
a fazer das palavras tudo ou nada.

A palavra desejo incendiada
lambendo a trave mestra do teu corpo
a palavra ciúme atormentada
a provar-me que ainda não estou morto.

E as coisas que eu não disse? Que não digo:
Meu terraço de ausência meu castigo
meu pântano de rosas afogadas.

Por ti me reconheço e contradigo
chão das palavras mágoa joio e trigo
apenas por ternura levedadas.

Ary dos Santos, in 'O Sangue das Palavras'

back to poetry - Desespero.

Não eram meus os olhos que te olharam
Nem este corpo exausto que despi
Nem os lábios sedentos que poisaram
No mais secreto do que existe em ti.

Não eram meus os dedos que tocaram
Tua beleza, em que não vi
Mais que os vícios que um dia me geraram
E me perseguem desde que nasci.

Não fui eu que te quis. E não sou eu
Que hoje te aspiro e embalo e gemo e canto,
Possesso desta raiva que me deu

A grande solidão que de ti espero.
A voz com que te chamo é o desencanto
E o esperma que te dou, o desespero.

Ary dos Santos, in 'Liturgia do Sangue'

...



Childhood

O meio e Fim!

O princípio

Scars

Father...

Hope...?

"And I think it's gonna be a long, long, time'Til touchdown brings me 'round again to find"

Father...



love redeems

sábado, 4 de junho de 2011

Father...

Biodraft

1. Capítulo – A Infância
Jack: [from trailer] Father, Mother. Always you wrestle inside me. Always you will.


2. Capítulo – A Adolescência
Mrs. O'Brien: There are two ways through life: the way of nature, and the way of Grace. You have to choose which one you'll follow.

3. Capítulo – A Juventude
Mr. O'Brien: I've just always wanted you to be strong, be your own man.

4. Capítulo – A Idade Adulta
Mr. O'Brien: [from the trailer] Someday we'll fall down and weep. And we'll understand it all, all things…

5. Capítulo – O Fim
Mrs. O'Brien: Unless you love, your life will flash by.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Help!

I'am a liar!

Mad

Father...



Fear...

“The worst lies are the lies we tell ourselves. We live in denial of what we do, even what we think. We do this because we're afraid. We fear we will not find love, and when we find it we fear we'll lose it. We fear that if we do not have love we will be unhappy.”

Wise up...

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Complexos

"Um complexo de inferioridade, nos campos da psicologia e da psicanálise, é um sentimento de que se é inferior a outrem, de alguma forma. Tal sentimento pode emergir de uma inferioridade imaginada por parte da pessoa afligida. É freqüentemente inconsciente, e pensa-se que leva os indivíduos atingidos à supercompensação, o que resulta em realizações espetaculares, comportamento anti-social, ou ambos. Diferentemente de um sentimento normal de inferioridade, que pode atuar como um incentivo para o progresso pessoal, um complexo de inferioridade é um estágio avançado de desalento, frequentemente resultando numa fuga das dificuldades."

Father...



quinta-feira, 2 de junho de 2011



Compulsões

"Compulsões, por sua vez, dizem respeito a comportamentos (obsessões são das idéias, compulsões das atitudes). Segundo o DSM.IV, compulsões são comportamentos repetitivos, como por exemplo, lavar as mãos, fazer verificações, etc, ou atitudes mentais automáticas como rezar, contar, repetir palavras ou frases, ou outras atitudes que a pessoa é levada a executar em resposta a uma obsessão, ou em virtude de certas regras mentais estipuladas pela doença que devem ser seguidas rigidamente. Portanto, essas atitudes mentais ou comportamentos são destinados a prevenir, reduzir ou aliviar o desconforto gerado pela idéia obsessiva, prevenir e aliviar alguma situação ou evento temido."

"O que é que faz o teu pai?", Bruno Vieira Amaral

Não havia momento em que eu me sentisse mais desamparado do que quando, na escola, me perguntavam o que é que o meu pai fazia. Tinha a vaga ideia de que ele vivia algures em França, mas sobre a coisa sólida e definitiva que a profissão do pai representa para a imaginação infantil eu não sabia nada. A pergunta “O que é que faz o teu pai?” não admite tergiversações, excessos de ficção. Desde os meus oito anos peguei nos cacos da realidade e tentei juntá-los num vaso coerente e credível, que não suscitasse muitas questões ou acusações de falsidade. Futebolista foi, naturalmente, a primeira opção. O meu pai tinha jogado futebol, mas um futebolista era, e ainda é, uma entidade mítica, semi-divina, que atiçava curiosidades e a vontade de saber pormenores. Em que clube jogava, a que posição, e isso obrigava-me a uma mentira elaborada, demasiado técnica, que eu não pretendia. Lembrei-me então de que, entre os vestígios que sobravam da existência do meu pai, havia um cartão de funcionário da Quimigal. A partir daí, era assim que o identificava: “funcionário da Quimigal”, uma actividade suficientemente desinteressante para desmotivar extensos questionários de colegas. Mais tarde, quando a cortina de névoa sobre a vida do meu pai se desfez um pouco, a quem me perguntava eu respondia que era militar, resposta um tanto vaga, com uma aura de mistério e romantismo, que exercia grande fascínio sobre os meus amigos e igualmente sobre mim, ao mesmo tempo narrador e ouvinte da história que conhecia quase tão mal quanto eles. Às vezes, depois da euforia da ficção, de exageros, de me perder na história que inventara, sentia-me triste, imaterial, evanescente, como se o meu pai não fosse real, como se eu não fosse real, como se nenhum de nós existisse. Talvez por tudo isto, eu invejava o Sérgio, rapaz tímido, desajeitado, aluno medíocre, mas cujo pai era maquinista da CP. Ser maquinista da CP era algo real, compreensível, verdadeiro. Não admitia dúvidas, nem questões. Era uma profissão límpida de que ele se orgulhava. Quando dizia que o pai era maquinista da CP, o acanhamento habitual evaporava-se, brilhavam-lhe os olhos, como quem exibe perante colegas pobres um objecto valioso. Nesses momentos, as minhas ficções pareciam-me absurdas, caía num desamparo profundo, sem um galho de realidade ao qual me agarrar. O meu pai nunca seria uma presença real, um pai que não tivesse de ser inventado. Seria sempre uma mentira. O outro, o maquinista da CP, era a verdade, o pai que acontece a um filho todos os dias. in Circo da Lama, Bruno Vieira Amaral


“The liar's punishment is not in the least that he is not believed, but that he cannot believe anyone else.”



Loop



























































































The atonement

Briony - 18 years old: I am very, very sorry for the terrible distress that I have caused you. I am very, very sorry...


Father...



Father...

"Mr. O'Brien: [To his son] C'mon - hit me. Come on, son." in Tree of Life

Prediction...

Mr. O'Brien: [from the trailer] Someday we'll fall down and weep. And we'll understand it all, all things. in Tree of Life

"The rule is: we cannot really forgive ourselves unless we look at the failure in our past and call it by its right name."



Adaptado

"I'm nothing but a scared little boy who can’t handle how extraordinarily ordinary I'am"

Perdi a noção, só não sei há quanto tempo...

http://www.youtube.com/watch?v=HzNN0g3Eg-M

Quantas vezes julgas alguém
por julgar ter mais do que tem e não ter a noção de si,
tu não tens a noção de ti.
Quantas vezes queres e não tens,
tantas vezes tens e nem tens a noção do que tens aí.

Tu não tens a noção de ti e perdeste a noção de mim.
Tu não tens noção do que tens, de quem és, de quem sou para ti, tu perdeste a noção de quem gosta de ti.
Gosta de ti sem a noção do que o amor tem…

Tantas vezes penso que tens a noção e a fé nesses bens que deténs só porque enfim,
tu não tens a noção de mim.
Tantas vezes quis ter também e aprendi não dando ninguém, só meu que devolvi,
tu não tens a noção de mim e perdeste a noção de ti.
Tu não tens noção do que tens, de quem és de quem sou para ti,
tu perdeste a noção de quem gosta de ti de que o amor tem fim.

In a way or another.



Who am I?



IN and OUT



State of soul...



Demasiado tarde...

Porque me fazes duvidar. Porque me questionas. Porque tenho medo de te perder. Porque tenho medo de não ser suficientemente bom para ti. Porque o passado insiste em perseguir-me, quando aquilo que quero é começar de novo. Apagar todos os erros, todas as mentiras, todas as defesas. Queria conseguir entregar-me totalmente a ti. Colocar-me nas tuas mãos, deixar-me estar lá. Recolher-me, retirar-me, aconchegar-me em ti. Ter uma família. Ter um suporte. Ter a força em mim para perseguir os meus sonhos, mesmo quando a tentação de paralisar com o medo que sinto é grande. Quero ser livre, quero ser leve. Não quero amarras. Quero envolver a minha família, sem ter vergonha. Quero dizer à minha mãe que a amo e que tenho muito orgulho nela. Quero dizer ao J. que fiz o melhor e que me perdoe todas as vezes que errei. Quero dizer à minha irmã que é a melhor filha que um pai ou uma mãe pode ter. Que lhe admiro a coragem de dizer sempre o que pensa e a consequente coragem de perdoar. Quero agradecer aos meus avós o me terem educado, sem ternura, mas com uma preocupação terna. Quero Um futuro onde possa ser melhor pessoa. Onde possa começar a mudar. Quero começar de novo agora que me começo a compreender. Tenho medo de voltar a começar a cometer os mesmos erros, que estes se perpetuem. Quero ser perdoado, quero-me perdoar. Quero fazer a coisa correcta. Sei que vai doer. Será que vou ter coragem de o fazer? Quero Paz. Quero ler poesia como lia. Quero emocionar-me como emocionava. Às vezes a vida é tão difícil. Às vezes tornamos a vida tão difícil. Quero sentir-me amado por aquilo que sou, não pelas mentiras que vou contando sobre mim mesmo. Quero ser vertical e manter-me fiel a mim mesmo, aos valores que teórica e hipocritamente defendo, Preciso de me libertar de mim, de um ser que fui construindo e do qual não gosto. De um ser com medo. Quero ter força, quero ser obstinado. Quero corrigir o que fiz de errado, quero abdicar de algum conforto para fazer o correcto. Quero deixar de me julgar. Quero pedir perdão a todos os que fiz mal. Quero agradecer a todos aqueles que foram acreditando em mim e quantas vezes os deixei mal por isso, a todos aqueles que me amaram e dos quais eu perdi noção. Quero ter esperança. Esperança de que poderei vir a ser boa pessoa, de poder vir a partilhar segredos. Preciso de perdão. Preciso de chorar. Preciso de me afundar para voltar a nascer. Preciso de ser feliz. Preciso de ter bons sonhos. Preciso de acreditar que depois de um bom momento, pode vir outro bom momento, e se não vier ter força para aceitar que não veio. Ajuda-me Deus!

State of mind...