quinta-feira, 15 de abril de 2010

Declaração de Amor

Escrevi este texto/crónica em Junho de 2005 e cinco anos passados volto a publicá-lo.
Declaração de Amor!
Meu Amor:
Venho por este meio declarar o quanto sinto por ti, o quanto me é difícil ter-te longe, o quanto te procuro num devaneio de loucura provocado pela tua ausência. Declaro solenemente aqui a necessidade sôfrega dos teus perfeitos beijos, declaro que anseio o tempo de em ti me deliciar, as horas de te abraçar, declaro saber-me bem esta seta que me bateu no peito, para ficar, desde o momento que te descobri. Declaro a vontade de mergulhar no rio que é o teu corpo, permanecer em ti molhado de alegria e desejo, declaro a vontade de te ver a sorrir, primeiro porque tens o mais belo sorriso que os meus olhos alcançaram, depois porque te amo e amo-te tanto. Declaro o êxtase que provoca em mim o teu andar seguro e imperial. Declaro que peço a Deus que nos dê o tempo a que temos direito. Declaro que tocaste o meu coração, que me descobriste para lá daquilo que sou fazendo-me nu perante ti. Declaro que gosto de esperar por ti, apenas para sentir aquele gostoso frio na barriga quando chegas. Declaro o quanto me excita a melodiosa música dos teus gemidos, quando à noite somos um. Declaro que só a ti faço poemas que escondo por um pudor apaixonado. Declaro que sinto a terra estremecer quado em ti repouso depois de fazermos amor. Declaro que te admiro, daquela admiração sincera que se sente com orgulho apenas pelas pessoas que verdadeiramente amamos. Declaro que foste Tu que me deste os melhores momentos desde que estás em mim, que foste Tu que me levantas-te quando estive caí, e só Tu sabes as vezes que caio, só TU o sentes, só a Ti te concedo o direito de me levantares, declaro que só tu me defendes e seguras quando me querem fazer vacilar, declaro que só tu apagaste com tinta branca o mal que me tentam fazer, meu amor o quanto eu fiquei feliz quando eu vi essa tinta branca de amor a reinar sobre o rancor de alguns. Declaro que só contigo tive o prazer de ver estrelas, só a Ti ofereci flôres. Declaro que és o meu grito de libertação quando sinto que estou a ser oprimido. Declaro para sempre ser teu cúmplice na alegria e na tristeza, nos desejos e vontades, na estabilidade e na confusão da vida. Declaro que só a ti faria aquela pergunta, aquela, sabes?, pronto eu digo: "Casas comigo?" Declaro a impossibilidade de te explicar isto que sinto, mas o amor é mesmo assim.

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