Depois de alguma resistência inicial (resistência que em mim é comum num estranho mecanismo que antecede as coisas boas que me acontecem na vida) comecei a a perceber a calma tensa a que a série nos induz.
A densidade e complexidade das personagens que nos vai sendo dada a conhecer de forma discreta, a incapacidade de todas as personagens, sem excepção, serem felizes, a resistência à mudança de uma sociedade que se degladia entre o profundo traumatismo de uma guerra que parecendo distante ainda está próxima e a dicotomia entre a moralidade e a liberdade.
A série no seu mais profundo significado é uma guerra entre o ser e o parecer que atinge a sua máxima personificação no protagonista Don Draper.
A densidade e complexidade das personagens que nos vai sendo dada a conhecer de forma discreta, a incapacidade de todas as personagens, sem excepção, serem felizes, a resistência à mudança de uma sociedade que se degladia entre o profundo traumatismo de uma guerra que parecendo distante ainda está próxima e a dicotomia entre a moralidade e a liberdade.
A série no seu mais profundo significado é uma guerra entre o ser e o parecer que atinge a sua máxima personificação no protagonista Don Draper.
Temos ainda o prazer "rétro" de ver a construção criativa de várias marcas, algumas das quais ainda povoam o quotidiano da actualidade, a política pouco ambiental da altura, o alcoolismo socialmente aceite, o papel da mulher tratado segundo a crítica de forma muito realista.
Soube posteriormente que o produtor era o mesmo de Sopranos (para mim a melhor de série de sempre) e de facto tanto uma como outra tem esta enorme capacidade de criarmos empatia com seres imperfeitos, cheios de vícios, anti-heróis.
Vou continuar a ver e presumo a gostar ainda mais.
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